sábado, 30 de abril de 2011

Não tem jeito


Saiba que quando você está confuso, eu também fico.
O verão nos nossos planos não era a melhor das estações,
Mas preferimos escolhe-lo a esperar mais alguns meses...
Saiba que as flores que me deu estão murchando,
Não por falta de cuidado (eu tenho muito), mas sim pelo tempo.
Então agora lhe peço: volte logo!
Algumas longas horas dentro de um avião trarão você de volta para mim.
E eu não consigo dormir, porque sem seu abraço eu não tenho as respostas.
E como eu preciso...
Depois de tantos problemas é duro saber que não tenho as soluções...
Com você por perto é muito mais fácil.
Saiba que quando fala meu nome bem baixinho aí antes de dormir eu escuto.
A melodia volta a tocar, não eu não quero escutar.
Desligo tudo e permaneço no mesmo lugar,
Só que agora no escuro... vejo as estrelas...
Não tem outro jeito, pensando em você eu adormeço.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Je fais un clin à vous

Olhar para o outro em uma tarde nublada é ver os raios de sol saindo escondidos, contrariando o clima. Quando se ama nem tudo é o que parece de inicio e nem tudo que pode, realmente sobra!
É poder chamá-lo do jeito que sempre faz, mas o que torna inconfundível pela voz. Atravessar a ponte com pressa de chegar e se afogar nos braços. Sentir o aperto daqueles dedos calejados por ele ter tocado violão a tarde toda e ainda sim pedir mais e mais músicas, verso e rimas que os acalmem quando a tempestade chegar.
Sair para tomar um café, mesmo ela odiando café. Entrar em todas as lojas daquela pequena cidade em que passaram o final de semana e encontrar a lembrança perfeita pra ela levar para os parentes, mesmo ele não tendo muita paciência com souvenirs.
Balançar nesse jogo de cintura, ambos estando à vontade. Reparar nas tantas fotografias que tiram todos os dias, quadros, espelhos e espaços. Sentados no sofá vendo o filme na tv e no outro dia sair para ir ao boteco. Aproveitar o tempo, e se recompor para a semana que vai começar.
Se afastar quando for preciso, respirar fundo, tomar um ar e voltar correndo, pois é certo que a saudade vai apertar. Sentir um frio na espinha só em ouvir a voz do amado. São gestos, abraços, beijos e amassos. Retratos, recados, músicas e afagos.

Enquanto a chuva cai

A realidade individual das coisas distintas do “eu” e que só lhes admite uma ideia, torna um pouco confuso o entendimento dessa tal situação.
 Ligo o rádio e só o que escuto é: “O tempo passa nessa falta de assunto. Conversas sobre o tempo e as ideias tão curtas. Os assuntos se repetem, não há nada de novo” pego o edredom, o frio aqui é tão intenso que nem essa caneca de chocolate quente com canela esta fazendo efeito.
Eu descanso meus olhos na janela e me sinto confusa, conversando com a chuva. As cores das horas continuam distorcidas e eu não sei até quando.

domingo, 17 de abril de 2011

(Des)Focado

Era uma praça nem tão verde e bem mais pavimentada, percorria aqueles grandes blocos de cimento procurando o local depois de sair do taxi. Não sabe agora se ainda era dia ou noite. No meio do caminho viu um rosto conhecido, gritou o seu nome, mas foi em vão. Mesmo de longe ele guiou o caminho para a moça.
Seguiu... Até que parou de frente para uma grande escadaria, respirou fundo, ajeitou seu vestido fluido feito de um belo tecido nobre, olhou para o salto que a deixava bem mais alta. Começou a subir os degraus e em poucos minutos estava dentro do teatro –é festa, é festa. Sentou-se ao fundo, deu as mãos a quem lhe esperava e dali não as retirou mais. Ela via que os olhos dele brilhavam e certamente os dela também.
Não estavam vendo um espetáculo, era algo um tanto formal. Lembra-se das poltronas azuis, mas do palco não, não do palco ela não se recorda. Não recorda, até que acorda!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Preciso...

Tanto

Falar com você agora
Quero...

Tanto

Poder ouvir sua voz
Espero...

Tanto

Que as horas passem rápido, para poder te ver.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sem Papel

Um telefone ao fundo toca, o silêncio toma conta do espaço.
A luz pisca.
Alguém atente.
A luz pisca.
Cinco minutos depois desliga.
Resolvi prestar mais atenção aqui, isso tudo virou um depósito.
Nem tão escuro, nem tão claro.
Sei que tem alguém a falar no momento.
Porém,  sinto que agora me desliguei.
Aos poucos não ouço mais nada,
Os gestos tão articulados vão ficando desfocados.
Não vejo nada.
A luz pisca.

domingo, 10 de abril de 2011

≤ Para Lavar A Alma ≥
Chocolate.Música.Torta.Limão.Lua.Fone.Água.Amor.Doce.Contente.Casa.Tom.
Mergulho.Mar.Estrela.Inteiro.Infinito.Dois.Voz.Chuva.Vento.Beijo.Foto.Revista.
Livro.Parede.Vidro.Perfume.Luz.Cama.Amora.Nada.Player.Mão.Agora.Canção.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

e nesse dia... parte 1

É uma prateleira cheia de livros.
São milhões de frases que não se contentam com papel.
Querem transbordar.
Um talvez eletrônico
Um de repente (que se repete)
Repete, repete, repete, repete...