domingo, 17 de abril de 2011

(Des)Focado

Era uma praça nem tão verde e bem mais pavimentada, percorria aqueles grandes blocos de cimento procurando o local depois de sair do taxi. Não sabe agora se ainda era dia ou noite. No meio do caminho viu um rosto conhecido, gritou o seu nome, mas foi em vão. Mesmo de longe ele guiou o caminho para a moça.
Seguiu... Até que parou de frente para uma grande escadaria, respirou fundo, ajeitou seu vestido fluido feito de um belo tecido nobre, olhou para o salto que a deixava bem mais alta. Começou a subir os degraus e em poucos minutos estava dentro do teatro –é festa, é festa. Sentou-se ao fundo, deu as mãos a quem lhe esperava e dali não as retirou mais. Ela via que os olhos dele brilhavam e certamente os dela também.
Não estavam vendo um espetáculo, era algo um tanto formal. Lembra-se das poltronas azuis, mas do palco não, não do palco ela não se recorda. Não recorda, até que acorda!

Nenhum comentário:

Postar um comentário