terça-feira, 3 de maio de 2011

Uma conversa sem sentido


 
-Você não tem esse direito, de maneira nenhuma!
-Absolutamente. Tenho sim!
-Desde quando?
-Ora, desde que eu te conheci.
- Não seja expletivo, por favor.
-Como não?
- Você certamente entendeu as coisas de outra maneira.
-Eu?
-Quem mais?
-Quem você pode estar imaginando... Eu? Não eu.
-Sim, você.
-Eu tenho esse direito!
-NÃO, você NÃO tem... Pare de achar isso.
-Não acho, tenho certeza.
-Já vi que essa conversa vai ser longa.
-Não vou mudar de opinião.
-Ah... Eu cansei!  Você não tem o direito de me ver de olhos vermelhos!
-Mas a culpa por acaso é minha?
-Talvez!
-Seja clara.
-Não posso, ainda não sei explicar... Talvez eu chore por você mesmo, só que não sei.
-Então não consegue falar, é isso?
-Sim.
-Não fale só me abrace.
-Isso é pouco.
-Você acha?
-Sim, você não?
-Pensei que não fosse dizer isso nunca.
(Eles se beijam)